1 - cês são chatos, frágeis e intolerantes. Tudo é motivo pra desistir, dar chilique,

pular fora, bloquear, fazer exposed e vídeo chorando em redes sociais. Olhem os dados de casamentos e divórcios, mesmo que engata relacionamento dura cada vez menos. Aí entra a questão socioeconômica: foi-se o tempo de mulher ter que aturar homem porque é o ganha-pão, porque divorciada é pária da sociedade. Juntou as duas coisas, deu nisso: amor líquido do Bauman. Feito para ser curto e passageiro. Carece de solidez.

2 - muito mais opções. Sou de uma época pré-internet, você só conhecia quem via pessoalmente. Mulher do bairro, trabalho, academia, facul, bar, igreja. Era uma mulher por vez, você aproveitava a jornada. Fora o lado animal da coisa: cheiro, voz, encaixe, beijo, pegada. Na era do Tinder e Instagram cê pode dar dezenas de match. Sai com uma mas tem 5 conversas abertas com outras no celular. E ainda não garante que pessoalmente vai ter o tal encaixe.

3- pornografia e redes sociais. Na minha época era raridade ver peitinhos numa playboy. Hoje em dia um moleque pode passar o sábado inteiro no quarto no pornhub. Cadê a motivação pra ver uma mulher pelada real, com estria, celulite, ao vivo, se a bronha resolve? Acabou, hora de Netflix, jogar videogame, zzzzz. De forma parecida, redes sociais viraram vitrine. Meninos tremem com a ideia de postar foto com mulher feia, gorda, ser zoado, ficar com fama de Van Helsing. Se não for pra ostentar namorada troféu preferem ficar só.

4- guerra de sexo. Papinho de coach: alfa, red, 10/10, miguitau, mulher interesseira, homem só quer comer. Meninas, não aceitem menos que isso; meninos, não aceite mulher assim. No fim só produz gente ressentida e querendo bem mais do que oferece em troca.

5 - sociedade de consumo. Se matar de trabalhar, malhar, ter carro, casa. Nego quer subir na vida sozinho para depois arrumar alguém, ao invés de arrumar alguém e subirem juntos. Aí tá com 30 anos mas o emocional de 15.

6 - medo.