Para mim, só se resolve assim, cortando o mal pela raiz. A polícia deveria ter carta branca dos pseudos políticos desse Estado.
Sou contra, totalmente contra. Tem um artigo e um texto que são incriveis de um
criminalista chamado Nilo Batista, um dos professores da faculdade de Direito da UERJ, que é uma das melhores faculdades de direito do país, que ilustram bem e problematizam essa ideia, "Cardápio da Morte" e "Para uma estilística das execuções penais", mas e aí seria como?Pelotão de fuzilamento?
Guilhotina?
Morte por tortura?
Forca para os pobres em praça publica? E decapitação aos ricos e realeza?
Cadeira elétrica televisionada?
Todos que defendem essa ideia pensam, na maioria das vezes, de maneira simplista. Querem resolver um problema social na base da violência, entendo a indignação de viver conforme as regras e leis e se sentir injustiçado e ver cotidianamente as covardias que nós temos que nos submeter, mas definitivamente isso não seria a solução.
Vejamos a ditadura brasileira por exemplo, que legalizou a pena de morte, mas só executou opositores políticos? Ditaduras comunistas que fizeram o mesmo, ou regimes ditatoriais como a Alemanha Nazista? Voltemos mais na idade média europeia com a inquisição a perseguição de hereges e mortandade de mulheres sob alegação de bruxaria?
Ainda vemos a torto e a direita os dito cristãos defendendo que seres humanos além de Deus podem decidir entre a vida e a morte, defensores e arautos de altos valores morais, mas se voltássemos na história seriam o que defenderam Barrabás e cuspiram em jesus pelo caminho da crucificação.
"Cortar o mal pela raiz", e quem decide o mal e a raiz? A gente vê aí, temos uma população prisional gigantesca, composta majoritariamente de jovens e negros, há ainda os alucinados que dirão que não há racismo nesse país, temos em torno de 850.000 pessoas presas sem condenação pela justiça, em torno de 1/4 delas são prisões preventivas. É só matar?
Quem defende pena de morte, na minha opinião, não entende de história e nem sociologia.
N venham com argumentos rasos de "então leva o bandido p/ casa".