Eu sou agnóstico/ateu, trânsito entre duas categorias.

Modo sincerão:

Eu tenho um certo ranço de crentes, em

especial os neopentecostais. Não que todos sejam iguais, eu tento dar o benefício da duvida, mas a principal questão é que o Brasil está a anos sob um projeto de poder político de líderes e setores religiosos que usam a fé como instrumento de manipulação e que está dando muito certo. O setor que mais cresce na política do Brasil são os evangélicos.

Eu já li críticas interessantíssimas sobre a bíblia e a história de Jesus, que só existe uma única passagem em que Jesus fica raivoso e age com certa violência. Quando ele vai no templo e faz um barraco destruindo as bancas dos mercadores da fé. Quem conhece bem a bíblia, me dará razão, ele não negocia, ele não tenta ouvir e nem "perdoa" vai lá e destrói tudo irado.

Eu não tô me comparando a Jesus, mas eu tenho essa mesma postura, com esse tipo de gente que manipula os outros e até extravaso nos que são manipulados por esses mercadores da fé. Esse tipo de atitude que eu interpreto como uma covardia contra os sentimentos e angústias humanas pelos poderosos e manipuladores contra a população menos instruída, a população mais ingênua. Inclusive as igrejas evangélicas são as instituições que conseguem adentrar inclusive as penitenciárias, convertem pessoas lá de dentro, tem uma função social boa, mas no fim das contas o objetivo é poder político e economico.

Eu acho extremamente desconfortável saber que o cara que mais aparece na televisão aberta é o R.R. Soares e que um outro líder bilionário o Edir Macedo tem uma das emissoras de televisão com maior audiência da televisão aberta.

Então essa raiva dos crentes, no fundo no fundo, é uma manipulação de quem guia eles e o que me incomoda mais ainda é o racismo estrutural que as igrejas tiram partido disso, perseguindo as religiões de matrizes africanas, ao mesmo tempo que utilizam parte dessa carga cultural anexando essas práticas aos ritos neopentecostais.