29/09/2024 17h11

Eu não acho que o que faz a rivalidade das mulheres existir é a inveja,

a essência da questão é a competição de inimigas.

Voce usou uma palavra interessante, rivalidade que tem relação também com competição, mas a lógica é um pouco diferente. Quando você é rival você considera o outro e quer supera-lo, quando você é inimigo a ideia é mais para encerrar a subjetividade e a existência do outro.

Os homens tem muita rivalidade, as mulheres tem inimizades. A rivalidade em algum sentido une e a aperfeiçoa o grupo, a inimizade separa e destrói os integrantes do grupo, isso despontencializa e gera fraqueza.

Então eu vejo uma diferença, ao meu ver historicamente isso foi ensinado as mulheres. Ter separação entre homens e mulheres ajuda a dominação social, ter separação entre o grupo de mulheres ajuda a dominação dos homens sobre as mulheres e consequentemente também a desunião dos gêneros, mais fácil o controle das pessoas.

Teve uma época que eu tava encafifado com histórias sobre gatos, @jandira, e eu ouvi uma teoria incrível que tem relação com essa ideia anterior.

Nos tempos de inquisição católica, a igreja era a instituição mais poderosa do ocidente, a ideia do arquétipo da bruxa foi difundida como método de perseguição de mulheres que geravam a união e o saber das comunidades.

Vejam bem, mulher: domina a fisico química, medicina, os alimentos(culinária), tem uma vassoura (limpeza), possui um gato (matador de ratos), é uma figura de união das forcas femininas, eram mulheres figuras de mulheres poderosas que podiam ameaçar de alguma maneira o controle social.

Bem viajei aqui.. mas a cultura da desunião das mulheres, e dos gêneros em geral, é uma forma de controle social, aquela máxima do dividir e conquistar para mim nunca foi tão clara.