anônimo
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08/12/2024 15h43

A questão da PM é complicada porque de um lado se aponta os excessos cometidos,

e por outro ela não tem poder de ação e incentivo da lei a ponto de que ampare e proteja a população satisfatoriamente. Segurança pública é um problema punk pro Brasil, e embora há quem esteja certo de que coisas muito "fora" são cometidas, o brasileiro médio ainda tem medo de sair na rua e ser abordado por um bandido que não será apreendido, e se for, será solto em pouco tempo.
É delicado porque a alternativa da esquerda para diminuir a situação da violência policial descabida é limitar o seu escopo de ação que já não é tão grande, o que implica no agravamento da situação da segurança pública. As infrações inclusive não são feitas segundo a lei. O medo do trabalhador médio é andar com seu único celular e/ou sua carteira na rua e perder o suor de um mês inteiro. Foi nessa linha, questão tão cara à população, que Bolsonaro se reelegeu. E é isso que os setores de esquerda ainda não entenderam e escoimaram do debate público e de seu discurso, sempre trazendo à tona os déficits da PM e um desgosto generalizado à instituição - que embora devam sim ser corrigidos, não se apresentou proposta boa aos olhos da população. Até porque você vê a revolta bem estampada quando a alternativa estipulada é a de programas de ressocialização - seu Zé foi roubado, o ladrão foi parar na cadeia. A ideia de que lá o bandido deve ter conforto, receber educação, instrução, facilitarem pra ele arranjar emprego, e ele não cumprir a pena na medida de seus crimes, tudo pago com dinheiro público do vitimado enquanto este continua lesado, é o que ofende a moral e a dignidade do seu Zé.