Você está confundindo uma coisa, o SUS é o sistema unificado de saúde que abrange

hospitais da rede pública e privada do país. A participação do setor privado no SUS é algo entre 80%~90%, então praticamente todos utilizam o SUS direta ou indiretamente.

Sobre a sua dúvida, na verdade, seria por que os políticos não utilizam os hospitais públicos ao invés de hospitais particulares contratados. Pois bem, eles fazem isso porque a verdade é que nossos hospitais públicos são precarizados, isso tem a ver pela falta e desvio de verba do setor da saúde. Outro ponto que eu sou contra é a total "gratuitidade".

Uma coisa é o governo subsidiar parte ou integralmente algum serviço público dependendo das condições financeiras da pessoa que utiliza o sistema, outra coisa é torrar dinheiro pra vender algo que é "gratuito" com a promessa de que será eficiente, quando na verdade, o serviço será totalmente precarizado, até mesmo pela bandeira de "gratuito".

Tudo que é de "graça" tenderá à inevitável precarização do serviço, isso é fato. É tecnicamente "impossível" algo que é fornecido "gratuitamente" ser de qualidade, uma vez que muitas pessoas farão mal uso ou uso indiscriminado do serviço ou produto ali a ser consumido. A não ser que rios de dinheiro sejam desperdiçados para compensar o uso indevido do serviço, ainda assim, com o tempo, a própria má gestão ou corrupção fará com que o serviço volte a ser precarizado.

Cobrar por um serviço é, também, uma forma de controlar e manter o padrão de qualidade, caso contrário, não dará certo.

O governo oferecer serviços públicos essenciais acessíveis a população não tem a ver com comunismo tecnicamente. Praticamente todos os países fornecem alguma forma de subsídio estatal a esses serviços públicos.

Grandes exemplos de países capitalistas com serviços públicos mantidos ou subsidiados parcialmente pelo estado são Reino Unido, Suíça, Canadá e EUA.

Vale destacar que, os EUA gastam proporcionalmente mais com saúde do que o Brasil.