anônimo
anônimo
03/04/2025 15h17

ele não é um escritor prodigioso, mas acho que o que o torna tão bom

é que ele é um fodido como a gente. Apanhou do pai na infância, passou fome, foi obrigado a abandonar a faculdade por ser pobre fodido e quase sem teto, trabalhou a vida inteira em subemprego e só com os seus 50 anos conseguiu começar a viver da escrita. Apesar da fama e do dinheiro, ele continuou sendo o mesmo merda desprezível que sempre foi.
toda essa vida de merda consegue fazer ele captar a essência da classe trabalhadora e suburbana (afinal, ele passou a vida inteira inserida nela), essa classe que vê a vida e pisa no famigerado sonho americano. Ao usar essa essência junto com o seu vocabulário chulo e seus preconceitos enraizados, ele cria algo único.