Já convivi com algumas pessoas depressivas na vida, tem bastante disso na minha família…
Mas o

caso mais marcante foi o de uma moça que eu amava muito.

Ela era quase perfeita. Inteligente, bondosa, especial… mas carregava uma depressão profunda.
Eu sentia que conseguia animar ela quando estava por perto, de alguma forma, mas eu não conseguia estar lá sempre. E sabia que, na minha ausência, ela mudava. Os momentos de alegria eram breves, como se escapassem pelos dedos. Logo tudo voltava ao cinza.
Me sentia impotente. Igualzinho ao que você descreveu.
E hoje entendo que realmente… não tem como salvar alguém assim só com carinho ou presença. A pessoa precisa querer sair disso.
Você até consegue distrair, dar um respiro, levar pra dar uma volta, mostrar um pouco de cor…
Mas de noite, quando é só ela e os próprios demônios… Ninguém entra ali.