Não acho, Bebel.

Quando estou “em casa” (casa dos meus pais), meu pai nunca coloca

a comida dele, sempre sou eu.
Faço isso, religiosamente, desde os meus nove aninhos de idade.

Lembro também que em alguns dias (raramente) ele gostava de almoçar assistindo televisão, e quando em um desses dias (também) havia peixe na refeição, eu colocava o almoço dele, esperava ele terminar de almoçar e levava água, sabão e até toalhinha para ele lavar e secar as mãos.

O que eu “ganhei em troca” sempre foi muito maior que qualquer ato de cuidado da minha parte. Meu pai é o homem mais honrado e devoto a família que conheço; sempre me amou e me protegeu como uma princesa, e ao poder fazer coisas tão pequenas como essa por ele, me deixa muito feliz e realizada.

Nunca me vi como uma “otaria” ao fazer coisas para as pessoas que eu amo, independente do sexo delas e da relação que temos.