Considero uma possibilidade sim, desde que seja realizado nas fases iniciais da gestação, porque o

feto ainda não desenvolveu características que definem uma vida consciente, como atividade cerebral organizada, sensibilidade à dor ou autonomia fora do útero.
A ciência mostra que esses marcos acontecem em momentos diferentes por isso, muitos países estabelecem limites de semanas para a interrupção voluntária da gravidez. É diferente de tirar a vida de uma pessoa formada, com consciência, sentimentos e relações.
Defender o direito ao aborto até determinada fase não é negar o valor da vida, mas reconhecer que existem diferentes estágios no desenvolvimento humano e que, nos estágios iniciais, a autonomia da mulher deve prevalecer.
Dizer que é só dar o bebê para adoção ignora o trauma que isso pode causar na criança. Crescer sentindo-se rejeitada, fruto de uma gestação não desejada ou até de um estupro, pode ser profundamente doloroso. Não é só sobre nascer é sobre viver com dignidade e amor.
Forçar uma gestação não garante isso.