Nós somos muito cobradas pela aparência e fomos historicamente estimuladas a sermos competitivas
entre nós,

a temermos as mulheres alheias ao círculo familiar.
Ainda frequentemente cedemos à ideia de que a beleza feminina seja a mais importante qualidade que possamos ter, desprezar a beleza de quem nos ameaça, diminuí-la, é manter o controle e primazia desse bem.
Enquanto os homens trabalhavam em grupos e socializavam colaborando entre si, nossas experiências foram restritas ao lar, a ver as mulheres de fora como ameaçadoras à estabilidade em nossos núcleos.
É o tipo de construção comportamental difícil de vencer e superar, mais difícil ainda porque não de todo extirpada da estrutura social e porque ainda muito presente na nossa mentalidade feminina como negação.
É questão de praticar a sororidade, compreender os obstáculos próprios da mulher, lutar contra a competição entre nós e não negar, porém conhecer e entender os aspectos históricos e emocionais que formaram e formam essa mentalidade tóxica.
Isso pode ser combatido e deve ser, não é algo inato e incontornável.