Esquerda e direita não são partidos. Capitalismo é um sistema econômico onde tanto direita quando
direita estão inseridos. Por exemplo, social-democracia, como no modelo nórdico dos países escandinavos, não prega o fim do capitalismo, mas sim uma maior atuação do Estado a serviço da população e do bem estar social.Alguns chamariam de o melhor dos dois mundos. São países com alta taxa de impostos, carga tributária entre as maiores do mundo, universalização de saúde, educação, previdência e aposentadoria, alto nível de organização sindical( na Islândia 90% dos trabalhadores são sindicalizados, enquanto nos EUA 11% e no Brasil 8%). mas com incentivos ao comércio, pouca burocracia e regulamentação, participação coletiva nas decisões políticas, há benefícios do mercado aberto e o risco é diluído e reduzido através de leis e mecanismos de proteção(evitando especulação, bolhas, crises, rentismo, corrupção). Há pouca desigualdade nesses países, pois há pouca concentração de renda, o senso coletivo é forte nessas sociedades.
Direita e esquerda sem contexto são apenas espantalhos. Depende do país, contexto histórico, social, econômico. E são bem amplos. Como citei ali em cima, há a esquerda reformista, como a social-democracia, que acredita na mudança pelas vias democráticas e ferramentas já existentes na conjuntura política. Há a esquerda revolucionária(onde me encaixo, diga-se de passagi) que prega que os problemas do capitalismo são frutos da própria natureza do modelo. Por isso é preciso superá-lo e construir um melhor.
Da mesma forma, na direita há os reformistas de centro, os liberais(querem pouca intervenção do Estado na economia, acreditam que os agentes econômicos e o livre mercado por si só melhoram a vida da população), os radicais(neoliberais, libertários, que querem o capitalismo sem Estado algum, Estado mínimo entre outras coisas ). Existe até uns movimentos mais malucos como anarcocapitalismo, paleoconservadorismo, mas vamos deixar isso pra lá.