Lembro de uma vez que eu estava com meu primeiro namorado, tínhamos terminado e depois

voltamos. No primeiro final de semana juntos após termos voltado, ele veio na minha casa e fomos nos deitar na cama, ficamos deitados um na frente do outro, entrelaçados, braços e pernas, de roupa mesmo. Senti o calor do corpo dele, aquele calor que me fez falta por um mês de afastamento. Aquilo me fez tão bem que eu sorri de contentamento e disse pra ele que naquele momento eu não precisava de mais nada na vida, aquilo era suficiente. Era uma sensação profunda de bem-estar e alívio. Não estamos mais juntos e nem tivemos um rompimento pacífico, mas lembro com carinho daquele momento, apesar de hoje em dia não conseguir sequer pronunciar o nome do rapaz.
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Outra sensação, que tinha mais a ver com algo atmosférico, mas também envolvia outro homem, foi numa noite que fui dormir pela primeira vez com um rapaz que eu estava conhecendo há algumas semanas, não quis ficar até tarde, mas dormimos e ele me deixaria em casa. Quando eu estava embrulhada no lençol com ele, depois de termos namorado, cochilamos e acordei brevemente ouvindo o som de uma leve garoa batendo contra o telhado de madrugada, deveria ser umas 03h30. Um ar frio. O calor das cobertas, a pessoa ao meu lado, senti um contentamento, como se estivesse num sonho embalado por aquela atmosfera de carinho e vulnerabilidade. Ele me deixou em casa bem cedinho, de moto, eu sentia brisa e via as ruas úmidas.