Primeiro, o que aconteceu no Rio de Janeiro nem pode ser chamado de operação. Chamar
de “operação” o que ocorreu no Morro do Alemão é deturpar o termo, que implica planejamento, legitimidade e objetivo definido. O que houve foi um grande bolo de merda, com uma enorme cereja de bosta enfeitando. Nenhuma meticulosidade para garantir a segurança de alguém, como sempre ocorre em “operações” nas periferias.Mas é fácil para as putas — porque é isso que vocês são para mim, putinhas de mídia — que passam o dia afundando o sofá com suas bundas moles, assistindo vídeos curtos do Instagram, fingirem que compreendem a complexidade do cenário brasileiro. Não seria mais produtivo esfregar uma panela com Bombril ou bater uma laje do que tentar pensar?
Se hoje existem o PCC ou o Comando Vermelho, é resultado direto de governos de direita falidos, moralistas e preocupados em posar de defensores da “Dona Maria”. Presumo que estava distante de suas competências cognitivas, mas durante a ditadura, manifestantes contrários ao regime foram colocados junto a criminosos no Instituto Penal Cândido Mendes. Essa convivência forçada, marcada por tortura e ausência de direitos, deu origem ao que hoje o mesmo governo combate: o Comando Vermelho.
Penso que sim, o criminoso deve ser contido, assim como o Estado que criou o próprio crime. Mas o pessoal da sua ralé, chiqueiro, não fala disso, porque é mais fácil focar em pautas globalistas sobre roupinha de crimonoso, reflexões que exigem o cognitivo de uma barata, ao invés de tentar compreender a gravidade e complexidade do que ocorreu.
Sociologicamente, existem duas vítimas nisso tudo: o pobre empurrado ao crime pelas circunstâncias e a pessoa que sofre com ele. O culpado é o Estado. Ainda assim, reforço: quem inibe o direito de ir e vir deve ser contido. Entretanto, o que foi feito, sou um show da "educação retroativa" que o nosso país estabeleceu para ele.