Quando eu tinha quinze anos eu me apaixonei completamente por minha namoradinha da mesma idade

na época, no colégio. Ficamos namorando por uns tantos poucos meses. Nunca fizemos sexo. Ela era tão linda, tão inteligente e tão meiga que a cada dia eu a amava mais. Ela teve de se mudar para outro Estado com a família, e então tivemos de nos separar. Eu chorei sozinho, escondido, por anos, anos!

Claro que de alguma forma superei isto. Cresci, tive muitas e muitas e muitas mulheres. Depois me apaixonei e me casei e permaneci casado por vários anos e deste casamento tive uma filha linda, que sempre está ao meu lado. Separei-me. Tive e tenho hoje mulheres com quem me relaciono.

E lá se vão vinte anos... Mantivemos algum contato distante, por um tempo. No começo por cartas, depois por ICQ ou Messenger. Mas eu nunca me esqueci dela. Hoje ela é médica hematologista chefe de um grande hospital de um Estado bem longe de onde vivo atualmente. Está casada e tem dois filhos. Seu marido parece uma boa pessoa. Ela continua linda. Extremamente linda. Mesmo depois de tanto tempo (e eu sabia que ela seria linda assim no futuro!) Nunca mais falei com ela. Quero que ela viva em paz, que ela seja feliz, aonde estiver.

Mas, no fundo, ela sempre foi o amor da minha vida, e acho que sempre será. Um amor tão bom e tão puro e tão generoso que sinto por ela que ela nunca saberá, nunca conhecerá. E o meu amor por ela continuará assim... distante... platônico... longe... até o final da minha vida.

Que Deus esteja com ela e quem sabe possamos nos reencontrar em algum momento, um momento qualquer, em um outro plano ou universo ou céus superiores a este.