18/11/2025 18h39

Em 2021, o Museu da Língua Portuguesa, parte das entidades responsáveis pela preservação da memória

da nossa língua, fez publicações utilizando a linguagem neutra. Em reação aos que criticaram esse uso, manifestaram-se inúmeros professores com toda sorte de argumentos estapafúrdios, como, por exemplo, o recurso à fala de Marcos Bagno de que "A língua é um rio caudaloso, longo e largo, que nunca detém seu curso, a gramática normativa é apenas um igapó, uma grande poça de água parada, um charco, um brejo, um terreno alagadiço, à margem da língua", para sugerir que as mudanças artificialmente impostas pelos militantes da linguagem neutra seriam equivalentes às alterações naturais pelas quais passou - e passa - a nossa santa glossa. O que isso revela é que ser professor está muito distante de ter educação, especialmente com a "democratização" do acesso à graduação.