Deixe-me explicar em outros termos. Quando digo que a aparência não importa tanto, é porque

a beleza física para mim funciona como uma nota de corte.

A mulher que está abaixo dessa nota de corte normalmente está declassificada como candidata a um relacionamento.

No entanto, estar acima da nota de corte não significa que eu vou preferi-las na MESMA ordem da beleza que elas têm.

A partir do momento que uma mulher está acima da nota de corte, ela é, a princípio, igual às demais candidatas. São mulheres que me interessam, por elas eu tenho respeito, e com elas eu consideraria ter um relacionamento. Nessa categoria, ser muito bonita ou apenas um pouco bonita não significa muita coisa, uma vez que já são pessoas com quem eu me relacionaria.

Mas a nota de corte é móvel. Ela pode se mover à medida que eu conheço uma pessoa. Uma mulher com a qual eu não me envolveria por estar abaixo da nota de corte num primeiro momento pode, com o passar do tempo, se tornar mais interessante, pelos seus valores, crenças, ideias, visão de mundo, e atitudes. Da mesma forma, mulheres belíssimas, que num primeiro momento estariam facilmente acima da nota de corte, muitas vezes se mostram completamente indignas, e à medida que isso vai se revelando, elas se tornam feias.

E é nesse conjunto que mora a minha ordem de valor. A beleza tem seu valor máximo no primeiro contato, para atrair. Com o tempo, ela dá lugar a coisas muito mais importantes. E, com a experiência que tenho, noto rapidamente se uma mulher é alguém por quem vale à pena se dedicar.