Ter esperança na humanidade, não é uma certeza baseada em uma essência boa e pura.

É, antes, um ato de fé na capacidade humana de aprender, criar, resistir e cooperar, apesar de todas as evidências em contrário. É uma escolha ética e política de se engajar no mundo, orientada por um horizonte de possibilidade (uma utopia) que nos tira do imobilismo. Como escreveu o dramaturgo e resistente tcheco Václav Havel: "A esperança não é a convicção de que algo dará certo, mas a certeza de que algo faz sentido, independentemente do resultado."
Portanto, a vida (racionalidade) nos convida a uma esperança trabalhada, que une a lucidez sobre os perigos com a coragem sonhar, projetar e para agir.