O ego é destrutivo. Ela não o quis, descartou. Agora que estou com ele, quer atrapalhar.
Sou oito anos mais velha que ele, trabalhamos no mesmo setor e tudo começou de um lugar improvável: uma amizade genuína. Nunca planejei me envolver, aconteceu. Para facilitar, uso apelidos: ele é o Chaves, eu sou a Chiquinha e ela, a Florinda.
Chaves sempre foi tímido, reservado, educado, um bom rapaz que se destacava justamente por isso. Eu e a Florinda o trouxemos para nosso círculo social. Com o tempo, percebi o interesse dele por ela e tentei ajudar, ser cupida. Mas a Florinda foi clara: ele não fazia o tipo dela, jamais se envolveria com alguém do trabalho, criticou estilo de vida, personalidade, físico. Descartou qualquer possibilidade. Isso durou quase dois anos. Importante dizer: Chaves nunca namorou nem teve relação sexual.
Há cerca de três meses, algo mudou entre mim e ele. Conversas mais profundas, trocas constantes, vínculo. Começamos a sair como amigos e, dois meses atrás, o envolvimento aconteceu. Hoje nos falamos todos os dias, compartilhamos a vida, temos carinho, cuidado, intimidade. Não é oficial, ninguém sabe, mas fazemos tudo como namorados. Não transamos ainda, mas há troca física e emocional.
A Florinda percebeu. Desde então, mudou comigo — só comigo — e passou a se aproximar dele de forma sorrateira, insinuante. Isso me incomoda profundamente, porque já criei sentimentos. Tenho medo. Medo de perder, de ser trocada, de estar vivendo algo frágil demais diante do ego alheio.
Penso se ela age por vaidade ferida, por não ser mais desejada, ou se agora resolveu enxergar valor onde antes desprezou. Já cogitei terminar só para cessar essa angústia.
Não preciso de julgamento. Preciso de empatia, lucidez e palavras que fortaleçam, não que machuquem.
Sou oito anos mais velha que ele, trabalhamos no mesmo setor e tudo começou de um lugar improvável: uma amizade genuína. Nunca planejei me envolver, aconteceu. Para facilitar, uso apelidos: ele é o Chaves, eu sou a Chiquinha e ela, a Florinda.
Chaves sempre foi tímido, reservado, educado, um bom rapaz que se destacava justamente por isso. Eu e a Florinda o trouxemos para nosso círculo social. Com o tempo, percebi o interesse dele por ela e tentei ajudar, ser cupida. Mas a Florinda foi clara: ele não fazia o tipo dela, jamais se envolveria com alguém do trabalho, criticou estilo de vida, personalidade, físico. Descartou qualquer possibilidade. Isso durou quase dois anos. Importante dizer: Chaves nunca namorou nem teve relação sexual.
Há cerca de três meses, algo mudou entre mim e ele. Conversas mais profundas, trocas constantes, vínculo. Começamos a sair como amigos e, dois meses atrás, o envolvimento aconteceu. Hoje nos falamos todos os dias, compartilhamos a vida, temos carinho, cuidado, intimidade. Não é oficial, ninguém sabe, mas fazemos tudo como namorados. Não transamos ainda, mas há troca física e emocional.
A Florinda percebeu. Desde então, mudou comigo — só comigo — e passou a se aproximar dele de forma sorrateira, insinuante. Isso me incomoda profundamente, porque já criei sentimentos. Tenho medo. Medo de perder, de ser trocada, de estar vivendo algo frágil demais diante do ego alheio.
Penso se ela age por vaidade ferida, por não ser mais desejada, ou se agora resolveu enxergar valor onde antes desprezou. Já cogitei terminar só para cessar essa angústia.
Não preciso de julgamento. Preciso de empatia, lucidez e palavras que fortaleçam, não que machuquem.