E se o Congresso Brasileiro fosse selecionado desta forma, em vez do voto direto?

E se todo o congresso fosse selecionado através de inscrição direta do cidadão, realização de uma prova, avaliação do desempenho acadêmico, antecedentes criminais, desempenho nos serviços prestados em outras instituições públicas e outros quesitos, em vez de voto direto?

Como uma meritocracia regulamentada.
anônimo
anônimo
03/02/2016 22h18

A pergunta é bem interessante. Eu penso que o desempenho acadêmico não serviria como critério

de seleção, pois não existe formação acadêmica que prepara o sujeito para ser deputado ou presidente, etc. Alguns cursos ajudariam, como economia, sociologia ou direito, mas não seriam cruciais para o sucesso do mandato, pois mesmo um sujeito formado com doutorado etc não abarca todas as possibilidades do próprio campo de estudo. Por isso que existem os assessores que dão suporte teórico aos membros do executivo e do legislativo. Uma prova poderia ser feita de modo a direcionar para a escolha de certos candidatos, o que acabaria por minar a democracia direta, que foi alcançada depois de décadas de lutas.
Eu acho que os outros critérios poderiam ser interessante se o sistema tivesse um tipo de pontuação. Com a lei da ficha limpa já não se pode candidatar quem tem antecedentes criminais.
Eu acho que um dos mais graves problemas do sistema eleitoral é que o voto é obrigatório, é ridículo uma democracia do voto obrigado! É uma contradição você ser obrigado a exercer um direto. A maioria dos brasileiros, por serem obrigados, votam sem a mínima consciência e acabam por escolher os piores sujeitos. Eu acredito piamente que o voto facultativo daria um peso gigante ao voto consciente que não seria diluído entre os milhões de votos dados ao acaso como acontece atualmente,entende? Nós estamos focando a atenção nos políticos, mas temos que focar é nos eleitores. O voto facultativo significaria o empenho do sujeito de se inscrever para votar, assistir previamente as propostas de todos os candidatos e só então fazer o seu voto.
No que tange aos políticos, poderia ser feito algo similar, mas não igual, ao sistema parlamentarista em que cada candidato deve apresentar ao STE uma proposta de governo ou de legislativo e se não cumprir durante o mandato, perderia o cargo, para evitar os que prometem uma coisa e depois de eleitos fazem outra. Não seriam promessas de eleição, mas um plano!