O negócio é o seguinte: muitas pessoas - homens e mulheres - dizem que querem
cursar Medicina. Alguns de fato querem, e fazem o necessário para conseguir isso, ou seja, se dedicam e estudam muito. Outros procuram alguns atalhos, como estudar na Argentina, por exemplo. E outros ficam fazendo perguntas no elaele. Quando a gente realmente quer algo a gente corre atrás e não fica pensando nos obstáculos que estamos vivendo. Talvez a sua vida não esteja fácil, o meu pai morreu de câncer no ano em que eu estava prestando vestibular. Ele estava em São Paulo há meses realizando o tratamento, e a minha mãe ficou com ele durante todo esse período. Em casa, tive que lidar com a pressão de concluir o Ensino Médio, estudar para o vestibular, cuidar do meu irmão menor, pagar as contas e cuidar de casa, mas nada disso foi impedimento porque eu queria muito a aprovação e em todo meu tempo livre, por menor que fosse, eu me dedicava a resolver exercícios, estudar ou mesmo ver vídeos quando não podia parar e usar papel e caneta. Aprendi a fazer contas de cabeça, a desenvolver raciocínios complexos e a fazer aproximações sem usar nenhum papel. Isso com certeza é ainda hoje um diferencial para quem presta o ENEM, já que a prova é extensa e qualquer tempo economizado é uma vantagem. Ainda mais no caso de Medicina.