O lance é o seguinte: você é capaz e tem direito de controlar apenas o

seu próprio comportamento. O mundo é o que ele é, não importa como você o enxergue: injusto ou justo, machista ou vitimista.

Sempre haverá homens que desvalorizam mulheres que tiveram um passado de devassidão, e não existe revolução que seja capaz de mudar isso, afinal uma transformação que não seja natural, ou seja, que não parta do indivíduo ao reconhecer os erros no seu próprio modo de pensar não tem sentido; é como preferir um robô que, sem raciocinar, te ama e não te julga.

A consequência mais provável da sua vontade é a atração de pessoas que pensam como você, ou seja, que querem só sexo com quem lhes interessar, e que não se importam de fazer sexo com várias pessoas, ainda que em um período de tempo curto.

Talvez isso seja conveniente em curto ou médio prazo, mas, no futuro, se quiser um relacionamento sério com alguém comprometido, poderá ser preciso mudar-se de cidade, sob risco de aparecer alguém para ressuscitar histórias do seu passado ou para taxá-la de depravada e humilhá-la publicamente. E isso afeta homens que desejam um relacionamento sério, pois pensam "Eu estou com uma mulher que deu mais que chuchu na serra; uma grande quantidade de homens nessa cidade teve o bônus sem o ônus, afinal puderam comê-la de todas as formas possíveis sem ter que ser pai dos filhos dela, sem ter que trabalhar para ajudar a pagar as contas, que numa vida de casal são normalmente maiores, e sem ter que discutir a relação, tendo sempre o melhor da mulher que hoje está comigo".

Isso vai diminuir bastante (isso se não anular completamente) as suas chances de engatar um relacionamento duradouro. Se você julga que vale à pena correr o risco de ser condenada por sua própria família e por boa parte da sociedade em nome do próprio prazer, faça. Só não fique se queixando depois.