Qual o maior mico que já pagou?

conte sua história mais embaraçosa...
anônima
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anônimo
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05/12/2018 06h50

Já paguei inúmeros.

Vou contar um engraçado:

Uma vez quando adolescente eu fui em férias para

uma semana numa bela casa de veraneio dos meus tios no litoral de São Paulo. Eu tinha uns 17 anos e meu primo era três anos mais novo, uns 14. Um amigo do meu primo, de seu colégio de São Paulo e que também tinha casa na cidade, havia convidado mais uns sete colegas para ficar na casa dele, todos eles japoneses (descendentes) e da mesma idade. Em São Paulo há muitos japoneses. Eu não conhecia nenhum deles.

Saíamos toda a noite para a praça principal da cidade, em frente à praia, onde se concentravam todos os jovens. Calor à noite, brisa soprando do mar, as meninas de shortinho curto - um tesão. Eram milhares de pessoas. Nós estávamos: eu, meu primo, seu amigo e mais sete japoneses. Uma turma grande. Eu era o mais velho entre a nossa turma.

Mas numa noite ocorreu um problema: Havia uma outra turma de japoneses também lá, desconhecidos. Um dos nossos amigos estava com uma namorada, também japonesa, e um japonês da outra turma parece que mexeu com ela. O nosso amigo reclamou, o outro o empurrou, ele empurrou de volta, e aí começou a confusão geral. (Quem conhece as brigas de gangues entre japoneses em São Paulo sabe que eles não costumam deixar barato essas coisas.)

Os nossos japoneses e os outros começaram a se digladiar. Uma hora alguns policiais chegaram e separaram a briga generalizada. No meio da confusão fiquei de um lado. Comecei a conversar com o japonês do meu lado, ferido no olho, com a mão em seu ombro:
- "Mas por quê isso?"
- "Esses caras são uns filhos da puta!"
- "São mesmo, mas vamos deixar isso pra lá."

De repente olho para frente e vejo meu primo com os japoneses da outra turma, do outro lado. Penso: - "O que meu primo está fazendo lá, com os outros?" Então passei a reparar nos rostos do outro lado, e eles se pareciam muito mais com os que estavam com minha turma.

Foi quando me dei conta de que, na verdade, eu estava abraçando e consolando o inimigo.