Meu namorado é aspirante a escritor, ele sabe detalhar e intensificar tudo do jeito que escreve e sempre me deixou ler algumas histórias dele, praticamente todas. Gosto bastante delas e tenho algumas impressas e guardadas só pra mim.
Ele me manda textos eróticos por e-mail, isso me excita muito e também apimenta a nossa relação. Tenho uma pasta cheia de desde quando a gente começou a namorar e eu adoro esse traço da personalidade dele.
Mas esses dias eu precisei usar o computador dele e o Word estava aberto.
Eu li um pouco do que tava escrito e era uma cena de ritual satânico que ele dava detalhes grotescos envolvendo uma garota virgem e um homem que vestia uma cabeça de bode com um pênis enorme de ponta afiada que invadia ela. O homem não parava apesar dos gritos dela e várias pessoas assistiam, fazendo gestos e atos obscenos. E isso foi só uma parte, não tive coragem de continuar.
Ele sempre gostou de conteúdo forte, seja em séries, filmes, animes ou mangás (games nem tanto).
No dia eu disse que estava passando mal e fui embora, hoje estou menos chocada e converso com ele numa boa, marcamos de sair hoje, inclusive.
Nosso relacionamento é muito bom, ele tem muita paciência comigo (um dos poucos namorados meus que tiveram e ele se mantém firme há mais de um ano) e nunca foi violento, na verdade sou mais explosiva do que ele.
Mas volta e meia me pego pensando no que eu li e tenho dor de cabeça, não estou acostumada com esse tipo de coisa, diferente dele que consome bastante.
Será que isso pode se refletir de alguma forma na vida real ou no nosso relacionamento?
Ele me manda textos eróticos por e-mail, isso me excita muito e também apimenta a nossa relação. Tenho uma pasta cheia de desde quando a gente começou a namorar e eu adoro esse traço da personalidade dele.
Mas esses dias eu precisei usar o computador dele e o Word estava aberto.
Eu li um pouco do que tava escrito e era uma cena de ritual satânico que ele dava detalhes grotescos envolvendo uma garota virgem e um homem que vestia uma cabeça de bode com um pênis enorme de ponta afiada que invadia ela. O homem não parava apesar dos gritos dela e várias pessoas assistiam, fazendo gestos e atos obscenos. E isso foi só uma parte, não tive coragem de continuar.
Ele sempre gostou de conteúdo forte, seja em séries, filmes, animes ou mangás (games nem tanto).
No dia eu disse que estava passando mal e fui embora, hoje estou menos chocada e converso com ele numa boa, marcamos de sair hoje, inclusive.
Nosso relacionamento é muito bom, ele tem muita paciência comigo (um dos poucos namorados meus que tiveram e ele se mantém firme há mais de um ano) e nunca foi violento, na verdade sou mais explosiva do que ele.
Mas volta e meia me pego pensando no que eu li e tenho dor de cabeça, não estou acostumada com esse tipo de coisa, diferente dele que consome bastante.
Será que isso pode se refletir de alguma forma na vida real ou no nosso relacionamento?
O escritor sempre escreve sobre si e sempre é seu próprio material, ponto.
Mas isso não
quer dizer que seu texto reflita-o inteira ou diretamente, fre-quentemente sua persona está oculta no tema de pesquisa, em uma perso-
nagem de fundo, em um detalhe, talvez em nada evidente até para ele.
Creio que o gosto pela estética de horror que vc mencionou tem mais pro-
babilidade de ser um traço importante da personalidade dele do que este
texto específico que, a julgar pela sua narrativa, destoa do resto da obra.
Alguém que goste de terror, que escreva sobre o sobrenatural, que pesquise
esses assuntos para sua ficção, tem necessariamente interesse, mas pode ser
apenas isso, pesquisa, curiosidade, fascínio ficcional, experimentação.
Há exemplos de autores famosos de terror cuja biografia não seja das melho-
res, amorosamente, inclusive( Lovecraft e Poe, para ficarmos em dois), mas eu
passaria o resto da manhã aqui listando autores famosos cuja vida conjugal e
social foi ou é das melhores: Stephen King, Shirley Jackson e Ramsey Campbell
são alguns dos quais poderiam servir como orientadores pré-nupciais em qual-
quer curso paroquial para casais.
Para finalizar, caso vc ainda esteja muito perturbada, converse com ele, não é
das melhores ideias fazer DR filtrando o que exista de realidade e ficção em um
texto, mas é melhor opção do que vc ficar sofrendo e angustiada.