Triste como mulheres com doenças, sejam psiquiátricas ou não, têm
maior dificuldade de aceitação dos parceiros.

Isso vale para qualquer
dificuldade, aliás: mulheres presidiárias são abandonadas à própria sor-
te na quase totalidade das vezes, a extração de mama após o câncer é
explicação aceita e comum para divórcios, por exemplo.
Um grande e querido amigo meu é esquizofrênico 3 e atesto: tomando
a medicação e mantendo a atenção, a vida pode correr normalmente,
ele é casado e concursado. A dificuldade reside justo nesta normalidade,
fácil imaginar que, estando tudo tão bem, fazer o tratamento seja exage-
ro e que os pacientes optem por interrompê-lo. Até nisso ter um compa-
nheiro amoroso traz vantagens, já que há sinais antecipando o surto e, que
sendo observados, podem revertê-lo a tempo.
A mãe e a irmã dele, ambas tb esquizofrênicas 3, não tiveram tanta sorte e
jamais encontraram companheiros que aceitassem a condição após manifes-
tarem os primeiros sinais da doença.