Depende de quem seja o cara como ser humano, do que realmente queira e do

quanto esteja sendo sincero contigo. Isso você vai ter de perceber, não dá para adivinhar.

Eu passei dois anos separado dentro de casa para enfim conseguir me libertar do meu casamento, chantagens emocionais, disputas pelas crianças, bens, etc., foram me segurando até ter uma crise nervosa e ser diagnosticado com "princípio" de síndrome do pânico. Pensei: fudeu, agora preciso cuidar de mim!

Tinha conhecido uma pessoa super interessante nesse período, vivíamos sempre arranjando um assunto ou outro para falarmos e não perdermos o contato, etc.. mas eu não queria e nem caberia entre eu e ela "um caso", então depois de separado de fato "encurtamos a distância", começamos a tentar, parecia um sonho! Passávamos dias conversando sobre tudo: trabalho, filhos, política, carreira, viagens, mas por mais que fossemos parecidos em 90%, se divergíamos em 10% era o fim do mundo para ela, e aí nós éramos "muito diferentes".

Saímos algumas vezes, se tudo era perfeito, ótimo! Se algo desse errado (escolha de um restaurante) ou passássemos por algo inusitado era mais uma despedida... Isso à medida que também já percebia alguns sinais de ciúme, até que em uma dessas despedidas eu joguei a toalha de vez.

Há dois meses conheci outra pessoa, e estamos nos dando uma chance, já viajamos juntos, curtimos nossa companhia, damos muitas gargalhadas de tudo, inclusive um do outro. Ontem dormi na casa dela, estamos seguindo em frente, tem sido ótimo e eu quero que continue assim por muitos anos.

Porque esse textão? Para dizer que nem todo mundo quer "liberdade", tenho 40 anos e quero companhia, quero o romance que não tive no meu casamento durante os últimos 5, 7 anos... Que depois de um casamento, as pessoas podem até não saber o que querem (no meu caso são duas pessoas extremamente diferentes, dois polos opostos) mas sabem o que não querem: que é outro relacionamento cansativo, arrastado, difícil, chato, complexo.