Eu acho que a modernidade esfriou o amor de vez!

As coisas foram mudando muito de uns anos para cá, agora ninguém faz questão de lutar por um amor, se deu uma mancada, já troca, não deu certo arruma outro e outra como se fosse fácil kkkk
anônima
anônima
27/06/2019 08h55

Acho que a modernidade esteja influindo na maneira como nos relacionamos,
em nossas expectativas, na maneira

como nos vemos, no que estamos dispostos
a oferecer e no que desejamos receber, na velocidade em que queremos essas coisas.
Insistir nos relacionamentos não deve acontecer como princípio, nem toda relação
merece o esforço ou o recebe por amor, mas por vício.
Entendo o que vc quer dizer e concordo, temos a sensação de muitas opções hoje
em dia, em 3 clicks online e já encontramos milhares de pessoas com as quais apa-
rentemente temos afinidades, pessoas atraentes, por que perder tempo n'algo imper-
feito e que precisa de conserto, se podemos partir para uma paixão novinha em folha,
sem obstáculos, sem ressentimentos, sem trabalho a ser feito?
Existe uma ideia moderna de felicidade, e o conceito de felicidade vem mudando rápi-
da e firmemente há quase 4 séculos, recentemente estabelecendo-se como um estado
pelo qual devamos buscar, um objetivo em si mesmo, a noção de que, se ela não estiver
presente constantemente, não há normalidade. E isso é um contrassenso, a felicidade, a
ausência de sofrimento em graus diversos, a plenitude, são a exceção. E não podem ser
o objetivo. Dor, sofrimento, frustração, imperfeição, luta, são o sal da terra, o normal.
Como amar profundamente, a ponto de querer vencer os problemas, de engolir sapos,
de não buscar perfeição no todo, mas uma relação realista de acordos, se cedemos à ideia
de felicidade como perfeição, como aquisição, como fim, uma falsa noção de fluxo inter-
mitente e fácil? É uma ideia sedutora e impossível, quem cede a ela está fadado à frustração
e ao descarte contínuo das relações que "apresentem defeitos".