Qual a mensagem que a letra dessa música traz para você? O que é um Brasil brasileiro?

Aquarela do Brasil
João Gilberto

Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso Senhor

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o Rei Congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da Lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado

Esse coqueiro que dá coco
Oi! Onde amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a Lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil!
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiferente
Brasil, samba que dá
Para o mundo se admirar
O Brasil, do meu amor
Terra de nosso Senhor

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o Rei Congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da Lua
Toda canção do seu amor
Essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado

Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a Lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso Senhor

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o Rei Congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da Lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado

Esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a Lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro...
anônima
anônima
04/09/2019 21h57

E depois vieram os lusos,
os negros, os castelhanos,
E nos pagos campechanos,
novas normas, novos usos...
As

violências e os abusos
da Ibéria, Castela e Lácio
Que rasgaram o prefácio
e mataram as plegárias
E as ânsias comunitárias
dos irmãos de Santo Inácio

Não pude deter a vaga
de Andonega e Barbacena...
Se a História não os condena,
a mancha nunca se apaga!
A opressão jamais indaga
na sua ambição mesquinha,
Era meu tudo o que tinha,
era meu tudo o que havia,
E eu morri porque dizia
que aquela terra era minha...

Mas o eterno não morre,
Porque permaneço vivo...
No lampejo primitivo
de cada fato que ocorre
O meu sangue rubro corre
Na velha raça gaudéria,
Corcoveando em cada artéria
Pela miscigenação
Na bárbara transfusão
com os andarengos da Ibéria...

Fui sempre aquilo que sou,
Sou sempre aquilo que fui,
Porque a vida não dilui
o que a mãe terra gerou...
Sou o brasedo que ficou
e aceso permaneceu,
Sou o gaúcho que cresceu
junto aos fortins de combate
E já estava tomando mate
Quando a pátria amanheceu!!!

E assim, crescendo ao relento,
criado longe do pai,
Junto ao mar doce - o Uruguai -
o rio do meu nascimento,
Soldado sem regimento
no quartel da imensidade...
Um dia me meu vontade,
Deixei crescer toda a crina
E me amasiei com uma china
Que chamei de Liberdade!

Por mais de trezentos anos
fui pastor e sentinela
Na linha verde e amarela,
peleando com castelhanos,
Gravando com "los hermanos"
a epopéia do fronteiro!
Poeta, cantor e guerreiro
da América que nascia
Na bendita teimosia
de continuar brasileiro!!!!