Você tem razão, normalmente as respostas sobre esse assunto não tranquilizam porque apenas tentam mascarar

uma questão terrível sobre a nossa cultura: odiamos o que é desarranjado ou feio.
É por isso que todo o esforço que os novos movimentos tem feito para acolher a diversidade e incluir o que parece fora dos padrões de beleza, riqueza, status, raça ou gênero é muito positivo. O problema é que não é possível viver apenas nos lugares que adotam essa filosofia.
Na teoria utópica realmente é lindo incluir alguém que está acima do peso ou que não tem o rosto simétrico nas propagandas, mas na prática sabemos que existe uma aversão cultural que atinge até mesmo os mais receptivos de nós. O que acontece na vida cotidiana é que as pessoas vão se adequando ou mascarando o fato de que não desejam ou não se sentem tão desejadas quando o assunto é beleza ou falta dela.
Quem é muito feio talvez precise encarar o fato de que nunca será alvo do desejo imediato de ninguém. Essa aceitação talvez ajude a diminuir as expectativas e a ansiedade trazendo maturidade e uma crescente melhora de sua autoestima.
De qualquer maneira, apesar das aparências, o mundo aprecia pessoas que, mesmo com suas limitações, sentem que são pessoas dignas e merecedoras de amor, simplesmente porque oferecem uma presença estável, agradável e positiva mesmo tendo recebido quase nada dos outros. E, por isso, elas se tornam um norte que representa a esperança de que podemos ser menos preconceituosos algum dia.