Surte, mas não o bastante. Como se quem está em janeiro aguentasse esperar setembro pra

ser ajudado. Como se após setembro, não precisasse de tanto apoio. É preciso um Ano Amarelo, afinal, quem pensa é o tempo todo em qualquer data, e não é com slogan e propaganda por 1 mês que isso vai deixar de ser um assunto delicado. O incentivo à prevenção, palestras, o debate, enfim, dar importância ao assunto deve ser algo constante. Não deve ser um tabu.

A campanha deve combater o desinteresse principalmente dos próximos ao suicida. Muitas vezes, por desconhecimento de um e vergonha do outro, o apoio não chega. Muitas vezes o próprio suicida não entende que há ajuda, CVV, tratamento e se afunda mais na solidão. Ainda hoje há muita gente que chama depressão de frescura. Vi esses dias um humorista metido a doutor passando vergonha na internet falando isso, chamando a galera de fresca e fraca.

AIDS já passou por épocas obscuras, já foi taxada de doença de gay, e foi combatida partindo da divulgação de conhecimento sobre o assunto. Segundo a OMS, 9 de 10 suicídios podem ser evitados, se a pessoa tiver apoio e ajuda. A prevenção parte do estímulo à conscientização.