Parceiro, passei por isso! Procrastinei meu divórcio por 6 longos anos... Os primeiros três porque

na iminência da separação ainda tentei "me entender", ela se aproveitou da situação (não vou entrar em detalhes) para conseguir mais uma gravidez - antes que apareça um(a) anônimo(a) idiota para dizer que eu também deveria ter "me precavido" já aviso, tínhamos um casamento e algumas atribuições eram muito claras entre um e outro, se eu julgasse que não poderia confiar nela teria feito a vasectomia antes.

Pois bem, até o moleque completar três anos eu segurei a barra, dentro de casa, infeliz, solitário, sem sexo... quando falei novamente na separação, apareceu um tumor no ovário e outro no intestino, mais três anos de tratamento até que ela recebesse alta e eu enfim pudesse me desacorrentar sem que fosse espalhando meus miolos pela sala.

É difícil! Não é uma decisão fácil, seja de conviver devotando sua vida à ela ou deixá-la e carregar no peito a dor e o sentimento de covardia por ter abandonado alguém que um dia sonhou e prometeu te acompanhar até o fim dos seus dias.

Não sei da situação financeira de vocês, mas não dá para lidar com uma cenário como esse com hipocrisia, você vai precisar assumir algum ônus, e por isso escolhas são tão difíceis. Vislumbro algumas possibilidades:

Colocá-la em uma casa de repouso para que receba atenção integral (não é abandoná-la);
Continuar cuidando dela, mas colocar em termos claros a "amizade" e o descondicionamento conjugal para que você possa seguir em frente;
Colocar responsabilidades nesses parentes filhos da puta, porque estão cagando para ela porque você está carregando sozinho o fardo, e esse ninguém quer, mas se ela falecer, tiver bens e vocês não tiverem filhos vão querer discutir a partilha.

É isso, força para você, lucidez, luz no seu caminho e saúde para ela.