Claro que não é regra, mas, observando em um ponto de vista sociodemográfico, encontramos pontos

essenciais pra entender por que isso acontece:

Primeiro, as condições em que se encontra a família INFELIZMENTE ditam as perspectivas futuras. Vamos pegar de exemplo uma pessoa de origem abastada, que tem repulsa em imaginar uma gravidez precoce, pois barraria todos os planos que essa pessoa fatalmente terá, uma vez que em seu núcleo há grandes perspectivas. Sem falar que para essas pessoas existe toda uma acessibilidade aos métodos contraceptivos e até ao aborto - quantas meninas adolescentes ricas por aí fazendo aborto às escuras? - essa possibilidade não existe dentro de famílias de baixa renda, onde o núcleo não proporciona grandes oportunidades e nem a estrutura básica de saúde.

Aí vem a questão social, que puxa o gancho daquilo que falei, a perpetuação de um padrão dentro da família. Os filhos sempre tendem a tentar reproduzir o núcleo em que seus pais lhe proporcionaram a criação. Os padrões, sim, são hereditários, a psicologia diz isso: um cara que cresce vendo o pai ser violento com a mãe estará muito propenso a repetir tal comportamento com sua futura esposa, e, da mesma forma, as chances de uma garota cuja mãe deu a luz precocemente repetir tal padrão são grandes.

Os padrões são estruturas muito consistentes, mas transponíveis, aí nascem as exceções. Mas vai do esclarecimento pessoal de cada um.