Podes ter a certeza absoluta, que nada, nada mesmo se compara a dor da morte

da pessoa amada.
Quando perdi meu marido há 11 anos atrás, em um acidente de trânsito, a dor foi incomensurável. Ver o amor da minha vida, pai do meu filho, com quem vivia há 10 maravilhosos anos, morto, dentro de um caixão, sendo arrancado de mim,foi uma dor absurda. Ver o caixão dele, descendo devagarinho para dentro de um buraco escuro, para nunca, nunca mais vê-lo de novo foi uma dor inimaginável. A perda da pessoa que me apoiava, que me amava, minha metade que me fazia feliz, até hoje é indescritível. Junto com ele, eu me sentia sendo enterrada em vida. Estava sendo enterrada minha alma, meu mundo, minha felicidade.

Prefiro bilhões de vezes o desprezo de alguém que amo do que sua morte. Porque o desprezo significa que esta pessoa não me merece, mas vai continuar viva e quem sabe um dia ainda venha a se arrepender de seus atos. Mas sua morte repentina significa o fim de tudo, de toda e qualquer esperança de ver a pessoa amada de novo.
A dor de ter de conviver com a pessoa que amas mas te despreza, pode ter um fim, depende apenas de ti. Agora, a dor da morte da pessoa que amas e que te amava, a dor de ser levada injustamente da nossa vida para sempre, nunca tem fim.