Meu lado racional veio à tona hoje:
1. Por que me preocupo com pessoas correndo atrás de uma bola?
2. Eu não ganho dinheiro torcendo para o Santos, na verdade perco.
3. Ganhar ou perder não fará diferença alguma na minha vida.
4. Perco tempo assistindo e vendo notícias sobre jogos quando poderia estar lendo um livro.
1. Por que me preocupo com pessoas correndo atrás de uma bola?
2. Eu não ganho dinheiro torcendo para o Santos, na verdade perco.
3. Ganhar ou perder não fará diferença alguma na minha vida.
4. Perco tempo assistindo e vendo notícias sobre jogos quando poderia estar lendo um livro.

anônimo
Nós gostamos de competir e disputar. Está na nossa natureza. Esporte, seja ele qual for,
basicamente satisfaz esse desejo e nos vemos representados ali. Quando meu time ganha do seu, é como se eu ganhasse de você. Daí a satisfação.Também gostamos de apreciar habilidades. Atletas treinam pesado para atingir esse nível, é como um espetáculo. Ver um cara fazer coisas que não conseguimos por si só já é interessante. A paixão do atleta, em vencer, em se superar, desperta a paixão em quem o vê. Pode ser amor pelo atleta que cria amor pelo clube. Pode ser herdado, alguma memória afetiva. Pode ser cultural, aqui criança joga bola desde moleque, bola é um dos primeiros brinquedos do bebê, faz parta do nosso crescimento enquanto criança. Grandes jogadores são como heróis para a molecada. Pode ser pelo time ser de sua cidade, seu bairro, ter alguma ligação pessoal com o clube. Pode ser pelo patriotismo, a Seleção também cria esse amor. Embora desde 2006 eu acho que a do Brasil morreu.
Enfim, sofre porque ama, e amar significa sentir emoções. Alegria, tristeza, raiva. Futebol é o esporte mais encantador, onde nem sempre o melhor ganha. Forças imensuráveis como vontade, entrega, apoio da torcida, o tornam tão apaixonante. Nos demais é muito raro isso acontecer. Sorte, uma jogada mágica ou erro do outro time ou do juiz. O futebol nem sempre é justo, e isso anda em sincronia com a vida, porque nem sempre a vida é justa também.
Também há um quê de egoísmo e vaidade. Ler livros, se preocupar com sua vida e seu dinheiro, diz respeito somente a você. No futebol, quando você ganha, outros perdem, a graça é zoar e se sentir melhor que os demais.
Há a perda de identidade individual para ser parte de um coletivo. Quando você veste a camisa e grita gol, na arquibancada, bar ou em casa, tanto faz seu nome, idade, cor, profissão, você deixa de ser um para ser parte de milhões, somos todos apenas torcida e time em sinergia e um não existe sem o outro.