Quer um conselho? Não adianta reclamar.

Faz assim: chama ele para um restaurante legal, um passeio,

uma praia, uma praça, sei lá... Chegando lá, diz que é importante para você e convida ele a deixarem os celulares na bolsa, no carro e passem o maior tempo que puderem namorando. Como se fossem adolescentes, como era antes de casarem. Se beijem no meio da rua, caminhem de mãos dadas, curta o vento, tomem sorvete, volte no tempo e vocês terão um dia agradável.

Quando estiver chegando em casa, comece a provocá-lo ainda na rua, puxe pela camisa, rasgue a roupa, transe no tapete da sala, no piso da garagem, na varanda; na cama não - saia da rotina.

O que acaba com o interesse e esse distanciamento que vocês estão tendo é a falta do novo, é a repetição de velhos hábitos, de saber que todo dia jantam, escovam os dentes, fazem um papai e mamãe e dormem para trabalhar no outro dia. É essa porra que cria esses muros entre o casal e faz com que coisas absolutamente ridículas como um telefone, vídeos bobos de Internet e uma rede social se tornem mais interessantes do que aquele(a) que é a coisa mais importante na sua vida.

Sabe, não é por mal, mas a rotina, a repetição nos faz esquecer dos nossos bens mais preciosos porque eles estão sempre ali, do mesmo jeito, como um game vencido, tantas vezes jogado, uma roupa fora de moda, um cd que enjoou... e perdeu a graça.

Boa sorte anônima, se você tem um bom marido, no sentido moral e ético da palavra não desista. Acredite, não vale a pena. Não é fácil encontrar alguém legal, que não seja um personagem aqui fora, e se o que separa vocês não é algo imoral, ilegal ou uma tremenda de uma sujeira não desista de reconstruir. As desventuras que vivemos em busca de alguém que fique, respeite e que tenha um pouquinho de consideração são imensas e nos transformam, infelizmente para pior.

Fiquem bem.