Até os dez anos dividia o tempo entre ir em médicos e 'viajar' na escola,
achava tudo chato, patético, não tinha motivação. Era muito questionadora e como o ensino podava isso perdia ainda mais o estimulo para os estudos, inclusive na catequese. Costumo me definir como uma criança terrível, mas na real eu não me encaixava ali. Na adolescência tirava notas medianas, não andava de turma, preferia a solidão das bibliotecas e lia sobre muita coisa e por muita influência da família gostava de documentários de vários assuntos. Não gostava de exatas, mas quando me sentia desafiada me dedicava pra um caralho e me saia até que bem, amava História, por sorte tive um professor fodão no último ano, ele dava a aula e a gente deveria escrever sobre o que entendeu, poxa ele respondia cada pergunta, o cara era demais e nem lembro o nome dele. No esporte era boa e amava volei e jogar damas, nunca aprendi xadrez, deveria fazer isso agora. Lembro de verdade quando me encaixei, tive umas aulas do método kumon em inglês, me sentia em casa, jamais serei mas se pudesse seria uma professora que trabalharia pra identificar o melhor método pra trabalhar em sala de aula, a educação é falha nesse país em ambos sentidos, mas ensinar e desejar que o aluno cresca é coisa pra poucos e bons professores.