21/10/2016 01h28

Fui. Hoje não sou. Era uma timidez normal até a infância. Falar mais baixo q

as outras pessoas, não olhar muito nos olhos, não erguer tanto a cabeça, não saber onde colocar as mãos se eu precisasse ficar numa roda de pessoas sem nada pra segurar ou pra me cobrir dos olhos alheios. Enfim, como todo tímido, tive dificuldades de fazer amizade, dificuldades de apresentar trabalhos na escola, etc.

Na adolescência eu ainda tinha alguma timidez, mas já conseguia conversar com conhecidos sem retração. Basicamente eu ficava nervosa ao falar em público ou com estranhos, principalmente mais velhos q eu. Em 2010 eu tava terminando o ensino médio e de repente começou a chover na minha horta, ou seja, minha autoestima deu uma elevada (nessa época ter pretendentes valia alguma coisa). Eu comecei a me sentir bonita, me enxergar como uma pessoa legal, enfim, adotei os elogios como verdadeiros.

Já na faculdade o universo era bem diferente. As pessoas eram mais desligadas de preconceitos, rotulações. Na escola a pressão é meio grande. Tem as minas gostosinhas extrovertidas, coisas bobas, mas q quando a gente é adolescente acabam influenciando. Nesse período fiz algumas boas amizades, comecei a namorar, com namorado aprendi muitas coisas. Não sei dizer exatamente como e quando aconteceu, mas eu queria perder totalmente a timidez e me empenhei pra isso. Comecei a defender os seminários muito bem porque me preparava e não tinha vergonha de quem tava ali, afinal eu não tava vestida de palhaço ...
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No que me prejudicava: Nas minhas relações pessoais, fazer amizades, conversar, dizer o que eu pensava, queria ou precisava pra quem quer que fosse; na minha vida de estudante porque prova oral me mataria, seminários seriam um fiasco; na vida profissional: se vc não sabe se comunicar, se não se impõe, vc passa má impressão. Vc pode ter ideias legais, mas vai ter vergonha de falar durante uma reunião. Algumas oportunidades vão se fechar, então é importante mudar um pouco.