Se somos todos iguais? acho que se todo mundo parar de ficar usando esse termo cheio de mimimi não estaria em evidência.

anônima
Somos todos iguais. As oportunidades que não.
Os escravos não sabiam ler, não tinham bens e
foram libertos sem nenhuma assistência há 132 anos atrás.Tiveram que se virar do nada e até hoje, não conseguiram alcançar um bem-estar social.
Se vc visitar as periferias, há predominância negra (apesar de alguns pardos se acharem brancos). Se vc visitar os cursos universitários com alta nota de corte e Alta Administração das instituições, há predominância branca. Isso não está associado com capacidade intelectual e sim, capacidade estrutural. Muitas famílias das favelas, que para amenizar a dor passaram a ser chamadas de comunidades, dependem de bolsa-família e merenda escolar. O povo critica funk, mas o funk e o futebol são umas das poucas oportunidades que o negro pobre tem de ascensão social. Criticam o concurso público, quantas professoras da rede básica de ensino são provenientes da baixa e média baixa renda? Ainda temos uma onda de vovós domésticas ou de serviços gerais que sustentam netos, filhos de drogados ou bandidos. Temos uma onda de negros de baixa renda de famílias desestruturadas, sem papai e mamãe observando se o caderno está em branco ou se o brinquedo pertence ao coleguinha. E os casos de violência doméstica com crianças que reproduzem a violência nas escolas? Uma amiga veio me perguntar sobre uma referência negra brasileira para um trabalho de 13 de maio, tirando a classe artística, o futebol e informais, eu só me lembrei do Joaquim Barbosa e da dermatologista do Hospital de Bonsucesso especialista em pele negra. Os demais casos são sociólogos, pedagogos que lutam pela causa e classe, mas quando se fala em reconhecimento financeiro, o posto mais alto é de professor de universidade pública, que para conseguir um salário razoável requer 11 anos, pelo menos, de Academia. As oportunidades não são iguais. A escravatura é recente. Levando-se em consideração a expectativa de vida 70-77 anos, 132 anos de abolição representam apenas 3 gerações.