Uma pessoa aqui até citou algo pertinente, Paulo Freire tinha ligação com Luísa Erundina, que por sua vez foi uma das fundadoras do PSOL, de Luciana Genro. O modelo de escola moderna, de Martinho Lutero, João Calvino e outros, originado na Prússia, e teóricos como Althusser, John Dewey, Peaget e Vigotski guardam certa relação com o socioconstrutivismo, que já existia antes dele, ele apenas reproduziu isso no Brasil, por meio da figura de Anísio Teixeira.
De forma geral, o método que ele repassa da experiência de John Dewey e de Authusser acaba suprimindo o conteúdo e focando na metodologia, a ideia é que a realidade precisa se moldar à metodologia, e não o inverso. Na realidade, acho que esse seria principal problema do socioconstrutivismo, a supressão do conteúdo torna fácil manipular a forma como o mesmo chega aos estudantes. Com a ênfase no método ativo (mais uma vez o foco no método), além disso, é possível aplicar táticas como "pé na porta", "porta na cara", "apelo à autoridade", entre outras muito bem difundidas em documentos da ONU reunidos no livro Maquiavel Pedagogo, técnicas aplicadas em ministérios da educação de várias partes do mundo por causa disso, esse é o parâmetro que as pessoas têm quando dizem que Paulo Freire é referência mundial, possuindo até estátua em monumento que homenageia Mao Zedong. Além do problema de priorizar o método, por estar dentro do contexto da "escola moderna", pós reforma protestante, também há maior valorização da escolarização sobre outros aspectos (assistir aulas, frequentar a escola e ter diplomas não é parâmetro único para aquisição de aprendizado, além de que esse fator está relacionado a um maior controle sobre a educação, como ocorreu no sistema de educação da Prússia, por exemplo).
Posso dizer até que ele começou bem intencionado no sertão Angicos, mas acabou sendo cooptado por Luísa Erundina e outros agentes políticos ao longo do processo.