Só teria sentido se mulheres fosse biologicamente programadas igual aos homens. A verdade é que

essa ilusão surge pelo fato do impulso masculino de buscar sexo e o feminino de realizar a seleção do mais apto e confiável.

Lá na savana há 50 mil anos, a gravidez e o cuidado com o bebê deixava a fêmea humana extremamente vulnerável e prejudicada pra garantir, sozinha, a própria sobrevivência.Era portanto essencial não apenas um homem forte, mas também um que desenvolvesse um vínculo emocional forte, que se dispusesse a ajudar ela ao menos durante a gravidez e enquanto a criaturinha fosse pequena. É por isso, aliás, que o ciúme feminino é tão emocional e muito menos sexual que o do homem. Seu instinto é o medo dele acabar se dedicando à outra.

Pro macho a coisa era mais direta. A única preocupação desenvolvida pela evolução era dele ter certeza que os filhos eram dele. Afinal, a seleção genética não funcionaria se os machos aptos acabassem criando filhos aleatórios de outros. Então daí o ciúme masculino ser absurdamente sexual e muito menos emocional. Seu instinto é o medo de que ela engravide de outro.

Veja bem, estes são impulsos psicológicos moldados por milhares de gerações. Não serve pra explicar nenhum caso específico. E completando, quando a agricultura se desenvolveu e, logo depois, a civilização, dinâmicas culturais passaram a atuar também no moldar dos comportamentos. Mas existe uma verdade que pós-pós-modernismo tá começando a enxergar: não existe cultura que tire do ser humano suas dinâmicas biológicas básicas. Por mais que tentem.