Realmente faz diferença se ela existiu?
Pode ser dito que sua vida foi importante porque influenciou outros ou afetou o curso da história. Mas isso mostra apenas um significado relativo da sua vida, não um sentido fundamental.
Sua vida pode ter importância relativa a certos acontecimentos, mas qual é o sentido fundamental desses acontecimentos?
Se todos os acontecimentos não têm sentido, então que sentido fundamental pode haver em influenciá-los?
No final das contas, não faz diferença.”
Pode ser dito que sua vida foi importante porque influenciou outros ou afetou o curso da história. Mas isso mostra apenas um significado relativo da sua vida, não um sentido fundamental.
Sua vida pode ter importância relativa a certos acontecimentos, mas qual é o sentido fundamental desses acontecimentos?
Se todos os acontecimentos não têm sentido, então que sentido fundamental pode haver em influenciá-los?
No final das contas, não faz diferença.”

anônimo
30/06/2020 10h08
Quando se aceita que a vida é passageira e que dela não sobra nada é
possível não se preocupar com outra vida, e sim apenas com essa. É possível investir na alegria de viver o momento, sem se preocupar com um legado como fundamento. Isso é apenas se apegar à necessidade de ser lembrado. Pode-se pensar que daqui a cem anos alguém ainda será lembrado, mas daqui a dez mil anos a quantidade de informações será tão grande que todos os nomes de hoje serão um passado que ninguém vai lembrar. Vale mais a pena ter vivido do que ter desperdiçado a vida tentando deixar um improvável nome na história.Enquanto pode parecer que isso entra em conflito com a ética (afinal, sem julgamentos, o ateu não precisa ser bom apenas por temor da punição ou para ganhar recompensa), as pesquisas mostram que proporcionalmente ateus são pessoas mais compassivas e altruístas que religiosos, e os resultados se repetem mesmo que você compare separando as pessoas por religião.
A razão é porque a maioria das pessoas apenas segue as religiões que lhes foram socialmente impostas, e não se importam com os princípios de verdade. Como elas se autodeclaram de uma religião, mas não se importam com os ensinamentos e não os praticam, a religião não as torna pessoas melhores. Já pessoas que se convertem a uma religião muito diferente de sua original ou que deixam de crer são justamente as pessoas inconformadas, que estavam buscando seguir princípios melhores e encontraram na religião dentro da qual foram criadas coisas que não podiam aceitar.
É por isso que eu muitas vezes respondo dizendo o seguinte: ter certeza é justamente o que nos impede de aprender e crescer.