anônimo
anônimo
03/09/2020 01h47

Acho que é um tiro no pé da população. Teve um vídeo bem interessante que

mostrava a realidade do funcionalismo público e acabava com alguns mitos. Em comparação com outros países da OCDE, o Brasil estava bem atrás da proporção de funcionários públicos em relação à população em comparação países mais desenvolvidos e de cunho notadamente capitalista como EUA, Inglaterra e também de países que ocupam o topo de IDH.

Também desmitificava o mito de que funcionários públicos ganham necessariamente muito mais do que o mercado (seja na comparação global) seja dividindo os funcionários públicos por esfera e poder (MP também). Salvo engano, a nível municipal, a diferença não chegava a 5%. E em poderes, há Executivo, Legislativo e Judiciário. E até dentro esses poderes, fica irreal você comparar um técnico judiciário com um Desembargador ou Ministro. Não dá para colocar no mesmo bolo um gari, um professor de educação básica, um auxiliar administrativo e um Desembargador.

E estranho que a medida não afeta a nata, mesmo para quem diz que está preocupado com os cofres públicos. A nata do funcionalismo possui vitaliciedade. Caso chegue a uma punição mais séria, será aposentado compulsoriamente. O castigo dele é ser aposentado. Já o servidor (acredite) pode ser demitido. Basta dar uma jogada no Google e você vai ver.

O que se cria, na verdade, são cabides de emprego para políticos. Para cabos eleitorais. Para filhos de políticos que devem comer filé mignon. Você vai contra a eficiência, a impessoalidade, a moralidade ao retirar a estabilidade. Dizem que um particular na empresa privada tem que engolir sapo do patrão para manter o emprego. Acha que no serviço público vai ser diferente? O que ele vai ter que fazer para não ser colocado para fora pelo apadrinhado político (sim, porque, em geral, quem avalia, quem comanda o servidor é o apadrinhado político). E que se o servidor for colocado para fora, vai entrar outro apadrinhado político. Outro defensor do Crivella, por exemplo