Eu tive o azar de passar por duas situações idênticas, mas em lados diferentes, como

filha e como mãe. Como filha, meu pai biológico jamais quis me conhecer e me fez muita falta; como mãe, há dez anos crio meu filho sozinha sem um pai, porque faleceu num acidente de trânsito. Duas fatalidades onde a figura do pai esteve e está ausente. Por mais que eu dê amor ao meu filho, a figura de um pai faz uma falta imensa, um exemplo a seguir, um referencial, um pulso firme.
Por isto eu ainda penso que uma produção independente para o filho, futuramente, pode trazer prejuízos emocionais, não saber quem é o próprio pai, não o conhecer, não saber sua origem.
Por mais amor que uma mãe dê ao seu filho, sempre estará faltando a figura paterna, que por incrível que possa parecer, faz muita falta sim.