Você precisa avaliar quais são, de fato, as origens do seu antipetismo. Tem a ver

com a corrupção? O PT não a inventou. Ao contrário do que é propagado por aí, tivemos corrupção até mesmo durante o período da Ditadura Civil-Militar. No ranking de partidos mais corruptos do Brasil, o DEM, do Rodrigo Maia, aparece em primeiro. Neste mesmo ranking, o PT está na nona posição.

Tem a ver com o seu anticomunismo? Para a minha profunda decepção, o PT está longe de ser uma organização comunista. É um partido que se adaptou muito bem à ordem, aliás.

Tem a ver com a influência que você sofreu por parte da mídia hegemônica e da extrema-direita, que souberam utilizar muito bem a narrativa do antipetismo a favor de seus próprios interesses? Bem provável.

Tem a ver com a sua discordância em relação às políticas de inclusão social que foram implementadas nos governos lulistas? Ou será que você melhorou de vida durante os governos do Lula, mas piorou durante a crise nos governos da Dilma, e culpa o PT por isso?

Ou, talvez, seja uma salada, com todos esses ingredientes aí juntos?

É necessário que você comece a fazer uma análise mais racional da realidade. Sem passação de pano e sem demonização. O ódio cego ao PT é reflexo de pura despolitização. Mais eficiente do que defender a eliminação do PT, como partido, seria fazer oposição ao sistema e as estruturas que permitem, por exemplo, que uma empreiteira financie uma campanha eleitoral e cobre essa dívida, mais para frente. É o sistema que precisa ser enfrentado, não o partido.