Independentemente de qualquer teoria, visão ou interpretação, as estatísticas cruas mostram que essa ausência aumenta
as chances da pessoa desenvolver problemas cognitivos, de desenvolvimento social, de adaptabilidade, de ter depressão, problemas com relacionamentos e mesmo a aumenta muito a chance de acabar no crime.Do ponto de vista da psicanálise, simplesmente quebra o caminho natural de identificação psicológica com as figuras maternas e paternas, o masculino e feminino arquetípicos do humano. Não é uma questão de causa e efeito porque, como Freud disse, a criança sempre projeta essas figuras em alguém, se não forem os pais serão outras ou mesmo figuras animadas ou imaginárias.
Na ausência de uma referência fixa que traz autoridade, controle e segurança, como a 'paternidade' era descrita pela psicanálise como percepção infantil instintiva, isso é cobrado da figura materna, distorcendo mesmo o que ela deveria oferecer, como empatia, proteção e amor. Então as relações psicológicas com figuras masculinas e femininas tendem (esse verbo é importante, é uma questão de probabilidade, NÃO uma ciência exata) a serem mais confusas e problemáticas.