anônima
anônima
07/10/2020 13h04

Acredito. Não tem absolutamente nada a ver com o fato de que os burgueses precisam

de mão-de-obra barata sempre disponível e que, por isso, fazem de tudo para que a classe trabalhadora jamais tenha as condições necessárias de adquirir capital/terra/meios de produção.

Se por um lado, a burguesia é poderosa, já que detém capital, terras e meios de produção, por outro, é extremamente frágil. Porque sem o trabalhador, ela não é NADA. Os burgueses não sabem produzir. Não sabem colocar um tijolo em cima do outro.

Reconhecendo sua própria fragilidade, o burguês percebe que, se quiser se manter onde está na pirâmide social, não pode perder o controle sobre essa classe dominada. E o único jeito de não perder o controle é garantir que eles não tenham acesso ao capital, às terras e aos meios de produção.

Se um burguês desse a terra a um trabalhador rural, por exemplo, ele não precisaria mais vender sua força de trabalho. Porque ele SABE produzir.

Então, o que o burguês faz para garantir sua posição de dominação? O que for necessário. Desde colocar taxas de juros nas alturas, para que o trabalhador seja incapaz de financiar meios de produção, até manipular o poder político.

Afinal, o que foi a mais recente Reforma da Previdência, senão um modo de garantir que a população pobre esteja condicionada a vender sua força de trabalho até o último de seus dias?

Mas, como eu disse lá no início, uma coisa não tem nada a ver com a outra. São apenas coincidências. Fatos isolados. No fim das contas, acredito que o mais racional seja concluir que, sim, pobres são pobres porque assim o querem. São medíocres e preguiçosos. Os capitalistas é que são esforçados.

Ou, por acaso, você não os vê pegando três conduções todos os dias? Não os vê entregando comida de bike, enquanto a própria barriga está vazia? Toda a minha solidariedade a burguesia brasileira. Força, guerreiros.