"Eu odeio estuprador, eu mataria um se pudesse, merecem a morte"
MENTIRA.
Vocês falam que odeiam estuprador, mas acham de boas pegar uma mina completamente bêbada na balada, mesmo que ela claramente não esteja sã.
Vocês falam que odeiam estuprador, mas acham ok forçar sexo com a sua companheira, mesmo ela falando que não quer, e se ela continuar negando, se sentem no direito de terminar a relação ou "buscar na rua o que não tem em casa.”
Vi esse texto (não é meu) e decidi postar aqui, pq é bem isso. E aos que não são assim, ignorem.
MENTIRA.
Vocês falam que odeiam estuprador, mas acham de boas pegar uma mina completamente bêbada na balada, mesmo que ela claramente não esteja sã.
Vocês falam que odeiam estuprador, mas acham ok forçar sexo com a sua companheira, mesmo ela falando que não quer, e se ela continuar negando, se sentem no direito de terminar a relação ou "buscar na rua o que não tem em casa.”
Vi esse texto (não é meu) e decidi postar aqui, pq é bem isso. E aos que não são assim, ignorem.

anônima

anônimo
19/10/2020 19h33
Acho que cabe falar sobre. Porque muitas pessoas podem vir realmente com o discurso que
odeia estuprador, mas reproduzem e/ou não veem maiores problemas com ações que possuem o mesmo fundo do estupro (e, por vezes, a lei tipifica como estupro, mas podem ser outros crimes) que são atos libidinosos praticados para satisfazer a vontade do agente e que ignoram o consentimento, vontade da outra pessoa.A pessoa condena o ato de estupro, mas não vê problemas ou acha que "não é pra tanto" como você roubar um beijo de uma moça no carnaval, pegar uma pelo braço na balada e agarrar ou passar a mão na bunda de algumas mulheres na rua ou em um transporte público. Não estou dizendo que todos esses atos são estupro (poderia citar outros vários aqui) mas que eles não devem ser praticados pelo mesmo raciocínio pelo qual o estupro não deve ser praticado. E por qual razão não deve ser praticado? Porque é um ato libidinoso que vai contra a dignidade da outra pessoa e seu consentimento. Então, todo ato libidinoso que vá contra também não deve ser praticado. Isso sem exceção. Não há um "mas se a mulher..."
E aí é que entra a forma de você mudar, que é realmente criando uma consciência, debatendo sobre. Evitando que famílias reproduzam para a mulher a responsabilidade de evitar. Que se ela fizer determinadas coisas, ela está pedindo. Uma mulher deve ter a certeza de que ela não vai sofrer um abuso (seja qual for) independente do nível alcoolico, tamanho da roupa, horário ou local em que esteja.
Quantas vezes quando vemos notícias de estupro ou de crimes similares não surgem questionamentos sobre a conduta da vítima? Ainda que sejam crianças? Quantas vezes pais e mães quando o menino nasce soltam frases do tipo "prendam suas cabras, porque meu bode está solto" ? Afinal, se a cabra não está presa, né...
Você só vai mudar isso quando mudar o pensamento da sociedade como um todo. E essa mudança é algo longo, infelizmente para as vítimas, mas que deve ser feito.