A classe média e alta, cria seus filhos numa bolha, bem distante da realidade da classe pobre.
Isso pode criar 2 povos com aspirações distintas no futuro?
Ou na fase adulta, seja no trabalho, vida social ou acadêmica, se resolve?
Isso pode criar 2 povos com aspirações distintas no futuro?
Ou na fase adulta, seja no trabalho, vida social ou acadêmica, se resolve?

anônimo

anônimo
26/11/2020 12h31
Oi, Meu nome é Marcos Cavalcanti. Engenheiro. Sou classe média, apesar de me achar rico.
E realmente defendo que eu e minha família não procuramos nos afastar, nos diferenciar da classe mais pobre.Mas, no meu condomínio, trabalhador não pode ir no meu elevador. Têm o elevador de serviço para o carinha do Ifood, para o pintor, para minha empregada doméstica. Claro, se for o médico que vai me atender em casa com seu jaleco, aí, ele vai no meu elevador social. Que absurdo um médico ter que subir junto com a empregada doméstica.
Ah, a minha empregada doméstica. Bom lembrar de Neusa, de Maria. Trato ela super bem. No meu apartamento que estou pagando de forma financiada, tem até o quartinho dela. O quarto da empregada. O banheiro da empregada. Porque sim. A classe média não procura se afastar da classe pobre, mas ela tem que ter lá o quartinho separado. O banheiro separado. Que absurdo ela usar o banheiro do patrão. Da patroa. Ainda bem que as construtoras fazem essa diferenciação.
Procuro atendimento exclusivo. Meu cartão de banco tem que ser separado, quero camarote com pulseirinhas para não me juntar com o povão. Já basta que o aeroporto ficou parecendo uma rodoviária. Ainda bem que agora melhorou e a empregada doméstica não vai mais para a Disney.
Ah, banco. Até me lembrei de quando fui barrado na porta giratória do meu banco. Veio um segurançazinho de quinta querer ainda falar comigo. Não deixei barato. Falei logo "sabe com quem está falando?". Foi um absurdo. Eu sou engenheiro. Formado. Muito melhor do que ele.