anônimo
anônimo
08/12/2020 03h29

Um poema de Miguel reale:
Tanto cuidei das coisas deste mundo

buscando para os outros um caminho

que

me sinto perplexo e sem rumo

à espera de uma curva e de um ninho.

Em que pedra encostar minha cabeça

na ilusão do travesseiro fofo?

Feliz seria nunca mais ter pressa

fitando o perto e o longe do horizonte!

Talvez o velejar das tentativas,

buscando em vão um porto, seja o sino

que esperava escutar em meu destino.

mas que me vale a rosa azul dos ventos

nessa aventura pelo mundo afora

se minha sina só a percebo agora?