anônimo
anônimo
02/02/2017 17h35

Abaixo é uma opinião, MINHA experiência com o feminismo. MINHA realidade, o que não quer

dizer que seja verdade para todo caso. Mas como toda experiência é válida, fica pra quem quiser ler. O uso da palavra "igualdade" fica a seu critério interpretativo.

Sou cético, mas tenho uma péssima impressão sobre o movimento a começar pelo nome, que já é sexista. Quer remeter à "igualdade"? Comece parando de usar o nome "feminismo". Aliás, inerentemente somos diferentes.

Minha experiência - péssima, por sinal - ao debater com coletivos e indivíduos (estes sendo feministas intersec, radfems ou marxistas) em minha universidade, que é pública, me mostrou que:

1) se apropriam de causas. Parecem querer mostrar que o feminismo é o único caminho para a busca de uma suposta "igualdade". Caso haja determinadas virtudes, estas pertencem ao feminismo. Além disso, rotulam qualquer um que não se identifica com o movimento como alguém que é contra a "igualdade" ou mesmo contra as mulheres, misógino. Quantas vezes ouvi falar "feminismo é feito de mulher para mulher"... Na minha leitura: "homens, aceitem nossas pautas sem nem sequer discutir conosco."

2) Coletivizam, ignoram particularidades e não buscam "igualdade" que seja realmente verdadeira. Na minha sala havia alguns indivíduos - acho que cerca de 7 ou 8 - em situação de vulnerabilidade social. Há uma campanha dos coletivos visando a ajuda financeira de indivíduos nesta situação. Ótimo! Se não fosse por um problema: a maioria absoluta dos beneficiários é de mulher. Se mantiveram até hoje no curso por conta dessa ajuda, enquanto os outros colegas tiveram de trancar ou abandonar o curso. Não consideraria errado se a campanha apregoasse que a ajuda era às mulheres e não a homens, mas como os coletivos pregam a igualdade, acho hipocrisia.

Não acho nada errado ter movimento em prol das mulheres, desde que não seja travestido de "igualdade". Nem que seja para nivelar com as mazelas masculinas.